WB Educação
Published on
17 de setembro de 2023
17 de setembro de 2023
Artigo
Autores: Laerte Peotta e Juliana Coelho
WB Educação
Artigo
O cenário atual exige uma compreensão mais profunda e precisa das táticas que os criminosos utilizam para realizar golpes e fraudes no ambiente digital. É crucial reconhecer que o termo "Engenharia Social" é frequentemente mal utilizado e inadequado para descrever as estratégias de manipulação social que os criminosos empregam.
Dizer que “Engenharia Social” é a arte de hackear pessoas é uma afronta à disciplina, que combina conhecimento científico, habilidades técnicas e criatividade para resolver problemas complexos e criar soluções inovadoras. Os bandidos se aproveitam para glamorizar suas ações, como se fossem profissionais com suas atividades reconhecidas.
Mais apropriado para este tipo de crime seria o termo "Manipulação Social". Isto é o que os criminosos fazem para que a vítima forneça informações confidenciais, como senhas e números de cartões, ou faça transações em favor dos criminosos. O golpista se vale da falta de conhecimento, descuido, ingenuidade, curiosidade ou ganância da pessoa que ele aborda.
A verdade é que, com a proliferação de informações pessoais disponíveis online, os criminosos têm acesso a uma riqueza de dados sobre potenciais vítimas. Este é um problema real, pois até mesmo pequenas informações compartilhadas em redes sociais mal configuradas podem ser usadas para rastrear endereços, telefones, e-mails e muito mais.
O próximo passo para os criminosos é aplicar a “Manipulação Social”. Eles se fazem passar por atendentes de lojas, entregadores, bancos e até mesmo pela própria vítima, devido à quantidade de informações que possuem. É fundamental compreender que a “Manipulação Social” é uma tática de controle cada vez mais eficaz, que pode até mesmo superar métodos tradicionais, como o phishing por e-mail, SMS ou WhatsApp.
Um aspecto crítico a ser destacado é que a escolha da vítima se torna essencial para os criminosos. Eles adaptam seus golpes de forma personalizada, levando em consideração as informações disponíveis sobre a vítima. Por exemplo, escolhem alvos mais idosos em bairros nobres para o Golpe do Motoboy e aproveitam informações como o endereço e a data de aniversário para o Golpe do Bolo de Aniversário.
Então, como se proteger quando os criminosos têm acesso a tantos dados pessoais? A chave está na vigilância, no cuidado e na desconfiança. No caso da “Manipulação Social”, a colaboração da vítima é sempre necessária em algum momento. Ao ser vigilante e crítico em relação a qualquer solicitação de informações pessoais ou ações suspeitas, você pode se proteger deste esquema criminoso.
A Cibersegurança é uma área em constante evolução, e a compreensão das táticas de “Manipulação Social” é fundamental para se proteger contra golpes e fraudes online. É importante que as pessoas estejam cientes dos riscos e adotem uma postura proativa e cautelosa ao interagir online, para que a “Manipulação Social” não tenha sucesso.
Por:
Laerte Peotta: https://www.linkedin.com/in/laertepeotta/
Juliana Coelho: https://www.linkedin.com/in/coelhojuliana/
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