Curso de Investigação de Crimes Cibernéticos – 7ª Edição
Observamos, no contexto atual, ampliado pela utilização da Internet e dos meios tecnológicos em meio à pandemia do coronavírus, um crescimento cada vez maior da utilização de sistemas de comunicação via rede mundial de computadores, tanto para coleta de dados pelos criminosos, quanto para execução de crimes, ocultação de informações e de dados patrimoniais.
A Internet, por sua vez, proporciona duas consequências em relação aos dados pessoais: aquilo que é coletado a respeito dos usuários e aquilo que é disponibilizado voluntária ou não voluntariamente na rede. Nesse contexto se insere a conduta divergente, a conduta considerada criminosa, nos termos da legislação penal [brasileira].
Com a maior utilização da rede, surgem também novas e atualizadas oportunidades para os criminosos, potencializando e aumentando o número de casos de exploração das vulnerabilidades, intensificação das ameaças cibernéticas e de danos, pessoais e patrimoniais, principalmente. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública reforçam que os crimes de fraudes eletrônicas (estelionato) triplicaram entre 2019 e 2021, tanto que o legislador brasileiro atualizou a norma penal (Lei 14.155/2021), inserindo os crimes de fraudes eletrônicas e furto mediante fraude.
Compreender esse fenômeno e as formas de prevenção aos delitos, especialmente cometidos com uso de engenharia social e phishing scam, ajuda no processo de blindagem de dados pessoais e de Segurança da Informação, seja pessoal seja corporativo. Também, é um passo importante para compreender as funcionalidades das aplicações utilizadas, seus parâmetros de coleta de dados e possibilidades de fornecimento de informações em uma investigação criminal.
Assim, a prática de investigação dos casos de crimes acontecidos no/por meio do uso das novas tecnologias e do ambiente cibernético é necessária, porém pouco habitual no contexto dos órgãos, havendo necessidade de um debate especializado e direcionado às situações peculiares atuais, especialmente quanto:
(a) ao atendimento e primeiras providências nos casos de crimes cibernéticos;
(b) à relação de [atendimento/compreensão] dos provedores de conteúdo/aplicação e provedores de conexão;
(c) à coleta e análise de dados de conexão/acesso;
(d) à amplificação de análise de conteúdo coletado nas mais diversas plataformas de conteúdo;
(e) à interceptação telefônica/telemática e na infiltração de agentes policiais na Internet;
(f) à compreensão de como ocorrem as ameaças virtuais, inclusive no ambiente escolar e repercutem ou são repercutidos em ataques em escolas, além do enfrentamento de outros crimes no ambiente digital, inclusive os de discurso de ódio, os de motivação política, os de motivação financeira (fraudes eletrônicas, sextorsão etc.) e sexual;
(g) ao atendimento amplo e efetivo às vítimas de delitos patrimoniais cujas fraudes advém de comportamentos divergentes no ambiente da Internet;
(h) à compreensão e ao atendimento dos casos complexos de investigação na Deep e Dark Web e o uso de criptoativos pela cibercriminalidade;
(i) à compreensão do fenômeno da violência escolar a partir do âmbito da Internet, com análise e estudos das ferramentas hábeis ao monitoramento e controle das situações.
Objetivos do treinamento:
Conhecer as ameaças e vulnerabilidades na Internet e quais são os delitos cibernéticos mais comuns e atuar no enfrentamento aos mesmos por meio de metodologias de investigação criminal. O conteúdo disponibilizado no curso, juntamente com as atividades práticas demonstradas/realizadas, é de grande valia para os participantes.
Com o treinamento, o aluno vai:
Desenvolver, na investigação criminal, uma cultura de obtenção e análise evidências digitais aptas a inquéritos e processos.
Reproduzir habilidades técnicas para atuar no ambiente digital, de maneira segura, coletando e buscando dados e informações úteis ao desempenho da sua atividade laboral.
Desenvolver habilidades no processo de proteção e blindagem de mídias sociais e realizar os primeiros procedimentos protocolares nos casos de ocorrência de delitos cibernéticos, sabendo como prosseguir na investigação cibernética.
Compreender como ocorrem as fraudes eletrônicas no ambiente digital e o seu correto enfrentamento.
Empregar as técnicas e procedimentos na produção do conhecimento útil e coleta de evidências digitais, correlatos à atividade profissional e à empresa/corporação a que pertence.
Desenvolver a cultura de coleta de evidências sobre autoria e materialidade, por meio do acompanhamento sistemático no ambiente online.
A quem é indicado o curso?
integrantes das forças de segurança pública, federal, estadual e municipal;
integrantes das Forças Armadas;
membros e servidores do Ministério Público;
estudantes, bachareis em Direito e advogados/as;
profissionais de TI e forense computacional;
integrantes do setor financeiro/bancário;
integrantes do setor de segurança e defesa cibernética;
pesquisadores, que tenham interesse no tema e podem utilizar as ferramentas indicadas e exploradas para fins de inteligência e investigação criminal cibernética.
Sobre a coordenação e equipe de professores:
O Curso de Investigação de Crimes Cibernéticos - 7ª Edição #CIBERCRIME, gerenciado pela WB Educacional, é coordenado e organizado pelos Delegados de Polícia Emerson Wendt (PCRS) e Alesandro Gonçalves Barreto (PCPI),
Prof.º Mestre Alesandro Gonçalves Barreto
Delegado de Polícia Civil do Estado do PI, Mestre em Seguridad de la Información y Continuidad de Negocio (Ciberseguridad) – Universidad Catolica de Murcia – Espanha. Professor convidado em diversos eventos nacionais e internacionais sobre a temática de Cyber investigação. Autor de diversas obras relevantes sobre a temática das investigações cibernéticas e criminalidade informática, coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
(Linkedin: https://www.linkedin.com/in/delbarreto19/)
Prof.º Especialista Cristiano Ribeiro Ritta
Delegado da Polícia Civil do Estado do RS, Especialista, pesquisador e desenvolvedor da ferramenta ALIAS EXTRATOR e ALIAS WEB, dentre outras, sendo elas relevantes soluções para extração em dispositivos móveis e análise de dados telemáticos. Professor do curso de Especialização em Mobile Forensics.
(Linkedin: https://www.linkedin.com/in/cristiano-ribeiro-ritta-7416ab27/)
Prof.º Doutor Emerson Wendt
Delegado de Polícia Civil do Estado do RS, Mestre e Doutor em Direito pela Universidade La Salle – Canoas/RS. Professor convidado em diversos eventos nacionais e internacionais sobre a temática de Cyber investigação. Professor convidado em diversos cursos de graduação e pós-graduação. Autor de diversas obras relevantes sobre a temática das investigações cibernéticas e criminalidade informática.
(Linkedin: https://www.linkedin.com/in/emersonwendt/)
Prof.º Mestrando Higor Vinícius Nogueira Jorge
Delegado de Polícia, mestrando em Educação pela Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul – UEMS. Professor concursado da Academia de Polícia na Polícia Civil do Estado de São Paulo, titular da cadeira 30 da Academia de Ciências, Artes e Letras dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo.
(Linkedin: https://www.linkedin.com/in/higorjorge/)
Prof.º Mestre Jânio Konno Junior
Investigador da Polícia Civil do Estado de SP, Mestre em Ciência Jurídica pela UENP (Paraná), autor e coautor de obras e trabalhos científicos nacionais e internacionais na área de Direito Penal Informático e Investigações Tecnológicas. Policial especializado na área de investigações tecnológicas.
(Linkedin: https://www.linkedin.com/in/jkjr/)
Prof. Especialista José Anchiêta Nery Neto
Atuou junto ao Laboratório de Inteligência Cibernética da Diretora de Inteligência do Ministério da Justiça e Segurança Pública, desde 2018, tendo como missão desenvolver técnicas e ferramentas para coleta e tratamento do dado em ambiente cibernético. Nesse período participou de diversas operações policiais de relevância nacional, relacionados a crimes em ambiente cibernético. É professor da Academia de Polícia Civil do Piauí, e professor convidado em cursos de formação da Força Nacional de Segurança Pública, Diretoria de Inteligência do MJSP e Acadepol de outros estados da federação. Atuou por três anos na Delegacia de Repressão a Crimes de Informática da Polícia Civil do Piauí e atualmente é Diretor de Inteligência da SSP PI.
Prof. Doutor Laerte Peotta de Melo
Possui graduação em Elétrica com ênfase em Eletrônica pela Universidade Presbiteriana Mackenzie-SP (1996), especialização em segurança de redes de computadores pela Universidade Católica de Brasília (2004), perito forense computacional pela Universidade Federal do Ceará (2007), Mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade de Brasília (2008), Doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade de Brasília (2012). Atualmente é funcionário de carreira do Banco do Brasil, trabalhando na área de segurança para Internet Banking. Professor em cursos de pós-graduação em Brasília e cursos de extensão em tratamento de incidentes de segurança, Testes de Invasão e Análise forense. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Sistemas de Telecomunicações, atuando principalmente nos seguintes temas: Segurança da informação, Internet Banking, segurança de redes, combate ao crime digital, governança em TI, confiança computacional e software livre.
(Linkedin: https://www.linkedin.com/in/laerte-peotta-7602a124b/; Lattes: http://lattes.cnpq.br/0746844511320579)
Prof.º Especialista Luiz Pereira de Lyra Neto
Agente da Polícia Civil do Distrito Federal. Exerce suas atividades na Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos como Chefe da Seção de Repressão aos Crimes de Alta Tecnologia. Graduado em Gestão de Marketing e Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Põs graduado em Análise Digital e Perícia Forense. Instrutor em cursos promovidos pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública - MJSP.
(Linkedin: https://www.linkedin.com/in/luiz-lyra-85b36468/)
Prof.ª Mestra Priscila Santos Campêlo Macorin
Graduada em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, especialização em Ciências Penais pela Universidade do Sul de Santa Catarina, especialização em Direito Previdenciário pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci, especialização em Migrações e Refúgio pela Universidade de Brasília e Mestrado Acadêmico em Direito Constitucional pelo Instituto Brasiliense de Direito Público. Delegada de Polícia Federal desde 2007, professora e tutora da Academia Nacional de Polícia desde 2010. Coordenou a Força-Tarefa Previdenciária da Delegacia de Polícia Federal em Campinas e o Centro de Cooperação Policial Internacional dos Jogos Olímpicos Rio 2016, em Brasília. Trabalhou no Escritório Central Nacional da INTERPOL em Brasília de 2015 a 2018. Foi Conselheira do Conselho Nacional de Direitos Humanos, Membro do Comitê Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e do Comitê Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo. Atuou como Membro do Human Trafficking Expert Group da INTERPOL e do INTERPOL Specialized Operational Network (ISON) against people smuggling. Chefiou a Divisão de Doutrina e Capacitação de Inteligência, a Divisão de Repressão a Crimes contra os Direitos Humanos, a Divisão de Relações Internacionais e a Divisão de Alertas e Restrições da Coordenação-Geral de Migrações, todas da Polícia Federal. Ocupou a Coordenação-Geral de Recuperação de Ativos, a Coordenação-Geral de Cooperação Jurídica Internacional em Matéria Penal e a Diretoria do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), da Secretaria Nacional de Justiça - MJSP.
(Lattes: http://lattes.cnpq.br/5988211073838535))
Prof.º Especialista Ricardo Magno Teixeira Fonseca
Agente Especial da Polícia Civil do Distrito Federal. Pós-graduado em Direito Digital, Perícia Digital, Computação Forense, Cybercrime e Cybersecurity. Docente em cursos na área de investigação e legislação cibernética ministrado na Escola Superior de Polícia Civil, SENASP/MJ, MPDFT, para outras forças policiais e em pós-graduação.
(Lattes: http://lattes.cnpq.br/2410096859154367; Linkedin: https://www.linkedin.com/in/ricardo-magno-teixeira-fonseca-776649263/)
Prof. Especialista Fausto Faustino de França Júnior
Promotor de Justiça do MPRN, Especialista em Computação Forense, coautor da obra Extração Forense de Dados em Dispositivos Móveis Vol.1 pela Editora Brasport Jun/2022, Professor convidado em diversos cursos de graduação e pós-graduação, com larga experiência nos estudos de Direito Penal Informático e investigações tecnológicas.
(Linkedin: https://www.linkedin.com/in/fausto-fran%C3%A7a-453334148 ; Lattes: http://lattes.cnpq.br/0169303042212328 )
Prof.º Especialista Thiago Bordini
Head de Cyber Threat Intelligence da Axur. Mais de 20 anos de experiência no mercado de inteligência cibernética. MBA em Gestão Estratégica de TI e Segurança da Informação. Coordenador Técnico do curso de Pós Graduação em Cyber Threat Intelligence no IDESP.
(Linkedin: https://www.linkedin.com/in/thiagobordini/)
Profª Especialista Paula Guerra
Threat Intelligence Analyst na Axur desde 2021. Atuante na área de segurança da informação desde 2005. Possuo formação acadêmica em GTI, sendo pós-graduada em Computação Forense pelo Mackenzie/SP. Alguns cursos realizados: “Investigação de Crimes Cibernéticos" da WB Educação; "Crimes Cibernéticos: Os Principais Riscos e Técnicas Básicas de Prevenção" e "Pedofilia: Definições e Proteção", oferecidos pela Polícia Civil de Minas Gerais; "Estágio Especial de Inteligência para Órgãos Civis" pela Escola de Inteligência do Exército (EsIMEx). Passagens por empresas como Alfa Laval, Itaú, Natura, New Space. Atua como docente na pós-graduação do IDESP em CTI e na pós-graduação da UNIP em Tecnologias de Controle de Segurança da Informação.
(Linkedin: https://www.linkedin.com/in/paulalkdin/)
Profª Especialista Ágatha Meyer
Coordenadora de Operações e Prevenção a Fraudes na Agrowpay. Sua trajetória de sucesso é marcada por uma sólida compreensão das nuances das fraudes bancárias, desenvolvida ao longo de cinco anos de dedicação à prevenção e investigação em meios de pagamentos digitais regulamentados e e-commerce. Seu comprometimento com a excelência é evidenciado por sua pós-graduação em Business Intelligence, Big Data e Inteligência Artificial, MBA em Gestão Corporativa Estratégica, Projetos e Modelagem de processos, que a posiciona na vanguarda do campo. Sua experiência inclui passagem pelos unicórnios Nubank, Neon, Rappi e Pic Pay. Essas empresas pioneiras no cenário financeiro confiaram em Ágatha para fortalecer suas defesas contra fraudes, destacando sua habilidade em enfrentar desafios complexos em diferentes contextos.
(LinkedIn: https://www.linkedin.com/in/agatha-m-46b744111/)